A oferta de Feijões no Brasil passou por uma expressiva diversificação nas últimas duas décadas, refletindo transformações importantes tanto na produção quanto no consumo. Tradicionalmente focado nos Feijões carioca e preto, preferidos pela maior parte dos brasileiros, o mercado começou a incorporar novas variedades que conquistaram espaço por atributos como sabor, valor nutricional e resistência a pragas.
Entre as variedades que se destacam estão o Feijão-vermelho, conhecido pela textura macia e sabor adocicado, o Feijão-branco, apreciado por seu baixo índice glicêmico, o Feijão-de-corda, adaptado ao clima semiárido do Nordeste, e o Feijão-caupi, também conhecido como Feijão-fradinho, valorizado pela resistência a climas secos e pragas.
Evolução em 20 anos
Em 2015, o Brasil contava com cerca de 270 variedades diferentes de Feijão, especialmente na agricultura familiar, com destaque para variedades como Feijão-carioca, Feijão-preto e Feijão-vermelho.
Atualmente, em 2025, a oferta dessas variedades aumentou ainda mais, com o Brasil dispondo de aproximadamente 387 cultivares de Feijões registradas oficialmente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Essa expansão na diversidade de variedades é resultado de avanços no melhoramento genético e da adaptação regional, favorecendo tanto a produção como o atendimento a diferentes mercados, nacionais e internacionais, e demandas de consumidores.
Benefícios da diversificação
A diversificação tem múltiplos benefícios tanto para os consumidores quanto para os produtores. No aspecto nutricional, o consumo variado de Feijões amplia o aporte de nutrientes essenciais como ferro, proteínas e fibras, o que contribui para a saúde da população.
Por exemplo, o Feijão-preto é rico em ferro, enquanto o Feijão-fradinho apresenta maior quantidade de carboidratos, evidenciando a complementaridade entre as variedades para uma dieta equilibrada.
Para os produtores, a diversificação amplia as possibilidades de venda nacional e exportação, reduzindo a dependência de uma única variedade e mitigando riscos econômicos causados por variações climáticas e de mercado. Além disso, a ampliação da oferta possibilita a inserção em mercados internacionais, que valorizam Feijões diferentes do carioca, gerando receita e estimulando o desenvolvimento de cultivares com melhor resistência e produtividade.
A diversificação da oferta de Feijões no Brasil é um processo que traduz avanços em melhoramento genético, adaptação regional e mudanças no consumo. Essa diversidade beneficia a cadeia produtiva como um todo, desde a agricultura familiar até os mercados mais amplos, contribuindo para a segurança alimentar e nutricional, ao mesmo tempo em que oferece aos consumidores um cardápio mais rico e saudável.
